O incenso é
uma resina vegetal aromática, que libera uma fumaça perfumada.Brota na forma de
gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e
na África.
Na antiguidade era utilizado em todas as cerimônias e funções
propiciatórias, porém, era sobretudo queimado diante de imagens divinas nos
ritos religiosos de muitos povos e, ao se sublimarem as concepções religiosas,
as espirais de incenso, em quase todos os cultos, converteram-se em símbolo da oração do homem que sobe até Deus.
Nas Sagradas Escrituras:
O incenso fazia parte da composição aromática
sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de
adoração.
Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus
e de adoração.
A oferenda do incenso e a oração são
intercambiáveis, ambos são sacrifícios apresentados a Deus, como diz o salmo
141, que proclama: Suba até vós minha oração, como o perfume do incenso.
E é
com estas palavras que, na Igreja Oriental, o celebrante ora durante as
Vésperas e Laudes matutinas dos dias de festa espalhando em torno de si o
perfume do incenso. Com a oferta do incenso os magos do Oriente
adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt. 2,11).
No último livro do Novo Testamento, o Apocalipse,
João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com arpas
e taças de ouro cheias de incenso: São as orações dos santos (Ap 8,3-4).
Os cristãos não utilizaram o incenso na liturgia
desde o início porque queriam se distinguir, o mais claramente possível, do
paganismo.
Extinto o paganismo, o rito do incenso encontrou
logo seu lugar na liturgia cristã.
A partir do Século IV, a tradição cristã adotou o
incenso em seus rituais de consagração e ainda hoje o queima para honrar o
altar, as relíquias, os objetos sagrados, os sacerdotes e os próprios fiéis. Desde o século IX, instaurou-se o uso do incenso no
início da Missa e desde o século XI o altar se transformou no centro da
incensação.O turíbulo era também levado na procissão junto com o evangeliário.
Em seguida, a incensação estendeu-se às oferendas do pão e do vinho, que são
incensadas três vezes em forma de cruz, da mesma maneira como se procede com o
altar e a comunidade litúrgica.
A incensação em nossas celebrações é feita também
aos ministros e à assembleia, como um gesto de reverência, porque formam um só
corpo com Cristo.
Desta forma, nasceu a tríplice incensação durante a
Missa, praticada também hoje de maneira regular no Oriente e, entre nós,
somente nas festas solenes.
O agitar do turíbulo em forma de cruz recorda principalmente a morte de Cristo e seu movimento em forma de círculo revela a
intenção de envolver os dons sagrados e de consagrá-los a Deus.
O bispo interpreta esse gesto com as palavras:
“Suba até vós, Senhor, o incenso de nossa oração; e como o perfume se espalha
por este templo, assim possa tua Igreja expandir para o mundo o suave perfume
de Cristo.
pronunciava o novo tempo queimando o incenso
sagrado em braseiros preciosamente decorados.
By Mauro do Coral
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