quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

IMACULADA CONCEIÇÃO

É uma festa que se situa no início do ano litúrgico, Tempo do Advento, iluminando o caminho da Igreja rumo ao Natal do Senhor. Imaculada Conceição é um dos importantes títulos com que é venerada a Virgem Maria.
O dogma Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis Deus, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos.
Nos anos 700 esta celebração já existia no oriente.
Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda a cristandade. Em Portugal, o culto foi oficializado por D. João IV, filho de D. Teodósio e D. Ana Velasco, primeiro rei da dinastia de Bragança.
Sendo um dos nossos feriados nacionais, de extrema importância para Vila Viçosa, uma vez que é ali que se encontra Nª. Sr.ª da Conceição.
Foi também em Vila Viçosa que D. João IV, filho dedicado e obediente da Santa Igreja e devotíssimo da Virgem da Conceição, perante a imagem de Nossa Senhora da Conceição ofereceu Portugal à Mãe Imaculada de Jesus, depondo a coroa real aos pés da Rainha do Céu que, doravante, seria também a Rainha de Portugal.
A que era somente Padroeira de Vila Viçosa passou a ser Padroeira de Portugal.
Para além da coroação de Nossa Senhora da Conceição, D. João IV reconhecendo a protecção eficaz da Padroeira do Reino pela libertação do domínio francês, criou a ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. 
Depois desse grande momento, os reis seus sucessores nunca mais puseram sobre a cabeça a coroa real. O mistério da Imaculada conceição, exclui o pecado, isto é, o pecado original e conseqüentemente duas coisas, inseparavelmente ligadas a este: A desordenada concupiscência e o pecado pessoal; inclui, porém, a posse da graça santificante.
 O que tem nome de pecado, é a ausência culpada da graça santificante. 
A presença desta significa a ausência, a extinção daquele. 
Maria, desde o princípio era possuidora da graça santificante e, junto com esta, de todos os bens que a acompanharam, isto num grau não comum, mas numa abundância tal, que Santo nenhum até o fim de sua vida chegou a possuí-la. Inerente a este dom da graça santificante se achava outro privilégio, o da perseverança final. 
Também Eva possuía inicialmente a graça santificante; perdeu-a, porém, pela transgressão do Mandamento de Deus. Não assim Maria. 
Na sua vida não houve um momento sequer, em que se visse privada da graça de Deus; pelo contrário: esta lhe crescia de maneira tão exuberante, que não podemos dela formar idéia.
A alma, ou o coração de Maria no mistério da Imaculada Conceição não é comparável a um recipiente, puro sim, e sem mácula, destituído entretanto de qualquer adorno; antes se assemelha com um vaso riquíssimo transbordando de todas as espécies de tesouros e preciosidades da ordem sobrenatural; obra-prima, maravilhosa da terra e do céu, da natureza e da graça de Deus e a complacência do divino artífice seu Criador.
Não como nós, pobres filhos de Eva, desfigurados pelo pecado, semelhantes a tristes espinheiros, crestados pelo sol, Maria pelo contrário se ostenta bela, luminosa, envolta em claridade celestial, qual lírio puríssimo, encanto dos Anjos e dos Santos do céu. “Como a açucena entre os espinhos, assim é a minha amiga entre as donzelas”. (Cant. 2, 2)
O mistério da Imaculada Conceição é de suma importância, sem restrição alguma, belo e glorioso.
É uma glória para Deus, para a Santíssima Trindade. O Pai é a majestade, a suma do poder, a autoridade sem par, criadora, vivificadora, legisladora e governadora. Este poder, porém, consiste não só em dar leis e aplicar castigos, como também em isentar da lei e agraciar, quando e da maneira que lhe apraz.

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