São Bernardo abade e doutor da igreja, nascido no Castelo de Fontaine em 1094, perto de Dijon (França), pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.
São Bernardo é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram.
Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.
Aconteceu que São Bernardo, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.
No ano de 1115, o seu abade Estevão mandou-o com doze companheiros fundar, no Vale do Absíntio, aquilo a que São Bernardo chamou Vale Claro (Claraval).
Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do Cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria". Muito doente, saiu mais uma vez de seu querido Claivaux, no intuito de restabelecer a paz entre a cidade de Metz ( Alsácia ) e alguns fidalgos da região.
Não mais resistiu. Mais morto do que vivo, voltou ao mosteiro, onde a 20 de agosto de 1153, rodeado de seus filhos Espirituais e na presença de alguns bispos, exalou sua belíssima alma.
O vale siencioso de Clairvaux se transformou em um vale de lágrimas e de suspiros que de inúmeros corações se desprenderam. O corpo Santo teve seu último repouso na capela do mosteiro aos pés do altar de nossa Senhora, cujo delicioso trovador o Santo de sua vida tinha sido.
Bernardo faleceu com 63 anos de idade. Foi canonizado em 1165 por Alexandre III e, em 1830, por Pio VIII, Doutor da Igreja.Escreveu numerosas obras, milhares de cartas, mais de 300 sermões; interveio em todas as disputas doutrinais, em todas as grandes questões religiosas e seculares da época. Por ordem de tempo, considera-se o último dos Padres da Igreja. Um seu editor, falecido em 1707, Mabillon, escreveu sobre ele: "É o último dos Padres mas iguala os maiores".
By Mauro do Coral
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