segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SANTA CECÍLIA - PADROEIRA DOS MÚSICOS

Cecí­lia era de famí­lia nobre e viveu durante os pri­mei­ros sécu­los da Igreja, período mar­cado por grande per­se­gui­ção aos cristãos.Estudiosa, adorava estudar música, principalmente a Sacra, filosofia e o Evangelho. Desde a infância era muito religiosa e por decisão própria afastou-se dos prazeres da vida da corte, para ser esposa de Cristo, pelo voto secreto de
 virgindade. Sem que Cecí­lia tivesse conhe­ci­mento, seus pais pro­me­te­ram-na na em casamento a um nobre jovem cha­mado Vale­ri­ano. Na noite de núp­cias, Cecí­lia revela ao noivo que se achava “sob a pro­te­ção direta de um Anjo que me defende e guarda minha vir­gin­dade. Disse-lhe ainda que a fide­li­dade ao voto tra­zia ben­ção, enquanto a sua vio­la­ção tra­zia maldição. Impres­si­o­nado e como­vido com a decla­ra­ção de Cecí­lia, Vale­ri­ano decide também guar­dar sua pureza a par­tir daquele momento. Converte-se ao cris­ti­a­nismo e é batizado.
Ela o aconselhou a visitar o Papa Urbano, que devido à perseguição estava refugiado nas catacumbas. O jovem esposo foi acompanhado de seu irmão Tibúrcio,  ficou sabendo que antes era preciso acreditar na palavra. Os dois ouviram a longa pregação, depois um dia ao chegar em casa, Valeriano viu Cecília rezando e ao seu lado o anjo da guarda.
Após denún­cias de que Cecí­lia era cristã e que seu marido tam­bém havia se conver­tido, aca­ba­ram pre­sos pelas auto­ri­da­des roma­nas, que exi­giam que abando­nas­sem o cris­ti­a­nismo sob pena de morte. Como Cecí­lia havia se recu­sado a negar a sua fé, foi con­de­nada à morte por asfixia numa câmara fechada.
Ao ser colo­cada na câmara, can­tou inces­san­te­mente lou­vando a Deus.
Por esta razão, e pelo dom de ouvir músi­cas vin­das dos céus, foi con­sa­grada como padro­eira dos músicos.
Pas­sa­das várias horas, e irri­ta­dos, pois Cecí­lia não mor­ria e con­ti­nu­ava a can­tar, seus car­ras­cos ten­ta­ram então decapitá-la.
Após ter sido gol­pe­ada por três vezes sem que sua cabeça se des­pren­desse do corpo, foi dei­xada gra­ve­mente ferida no chão por mais três dias.
Aos cris­tãos que iam visitá-la, animava-os a não rene­ga­rem a sua fé em Cristo.
Seu corpo foi enter­rado nas cata­cum­bas roma­nas, jun­ta­mente com outros már­ti­res. Após inú­me­ras tras­la­da­ções em decor­rên­cia das inva­sões dos godos, o corpo da Santa ficou por muito tempo escon­dido, sem que sou­bes­sem onde esta­ria o seu caixão.
Após uma apa­ri­ção de Cecí­lia ao Papa Pas­coal I (817–824), achou-se então o jazigo da Santa, e seu corpo encontrava-se intacto.
No local de sua antiga resi­dên­cia, foi levan­tada uma Igreja, onde é cele­brada a sua memó­ria desde o século VI, no dia 22 de novem­bro. O esquife com seu corpo foi colo­cado no altar.

By Mauro do Coral

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